Menstruação: Tabu e estigma social, a quem interessa a manutenção da censura sobre o sexo feminino?

Aygra Rivera
15 min readMar 8, 2021

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Esse é um pequeno texto que mostra como o fato de menstruarmos mexe com um leque de emoções e acontecimentos importantes muitas vezes ignorados e com grande peso social para quem nasceu num corpo feminino.

Este texto é dedicado a todas as mulheres que a partir da menarca foram segregadas, humilhadas, aterrorizadas, mutiladas genitalmente, tiveram seu direito a saúde negados, determinadas incapazes de realizar funções ou diagnosticadas erroneamente com algum distúrbio psíquico causado pelo ato de menstruar.

Começo esse conteúdo falando um pouco do porque esse é mais um 8 de março significativo no Brasil e em todo mundo

De um ano para cá muita coisa mudou, mulheres conquistaram o direto de abortar na Coréia do Sul e Argentina (o país é apenas o sexto a permitir a interrupção da gestação durante as primeiras semanas de gravidez na América Latina). Já no Sudão, o governo criminalizou a mutilação genital feminina no segundo semestre de 2020.

No Brasil os números do feminicídio e violência doméstica ficaram ainda mais crescentes, onde uma mulher morreu a cada 9 horas durante a pandemia de Covid-19 em 2020. Tivemos também casos contrários a conquista de direitos femininos envolvendo meninas de 9 a 12 anos, gestantes que tiveram o direito ao aborto balançado por interferência de grupos religiosos e indivíduos de extrema direita. Essas foram apenas algumas notícias que rodaram o mundo mostrando o porque falar sobre nossa realidade biológica, é importante.

Como pensar nas equidades sociais hoje antes de priorizar nosso direito de existir numa sociedade misógina?

Um dos primeiros pontos é entender os papéis políticos e sociais que temos e fomos automaticamente condicionadas. Qual competência temos que seguir para sermos vistas como mulheres? Alguns dirão que é a feminilidade e todos os seus trâmites mas e quando você é contrária a essa construção do meio social, quando não se identifica com o que definiram a você, o que fazer?

Escapar das amarras da feminilidade é um processo difícil, cansativo, muitas vezes violento mas extraordinariamente gratificante. Se ver desvinculada a condição de incapaz, frágil, maternal, amável, delicada e tantos outros substantivos ligados a feminilidade, revitaliza. E o principal, não deixamos de ser mulheres por não seguirmos os rituais da feminilidade. Proponho a vocês o questionamento sobre os meios patriarcais e capitalistas em que a feminilidade nos coloca como sujeitas.

O segundo ponto é conhecer a história da saúde pública do Brasil, mais precisamente a Política Nacional de Saúde da Mulher, que nos dá um panorama de como o direito a saúde feminina foi conquistado e incorporado ao Sistema de Único de Saúde. Nos conhecer e saber que temos amparo legal é fundamental.

A saúde da mulher foi introduzida às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, quando mulheres organizadas coletivamente argumentaram que as desigualdades nas relações sociais entre homens e mulheres se traduziam também em problemas de saúde que afetavam particularmente a população feminina. Tais mulheres reivindicaram, portanto, sua condição de sujeitos de direito, com necessidades que extrapolam o momento da gestação e parto, demandando ações que lhes proporcionassem a melhoria das condições de saúde em todas os ciclos de vida.

Décadas mais tarde já no SUS que conhecemos, ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, foram englobadas a assistência à mulher em diversos panoramas e novas articulações. Diferenciando o tratamento por grupos, compostos por mulheres rurais, com deficiência, indígenas, negras, quilombolas, presidiárias, lésbicas, população de rua e em outras vulnerabilidades.

Antes de irmos aos estigmas, vejamos como e porque se dá a menstruação

Tudo começa no que chamamos de menarca. Ela marca o início do que daqui para frente iremos entender por menstruação. Geralmente se manifesta dos 10–14 anos, podendo variar para mais ou para menos idade, chegando até o que chamamos de amenorreia, que é a menopausa (interrupção natural da menstruação) e se da por volta de 45–55 anos, podendo também variar para mais ou menos idade.

O processo de menstruação propriamente dito acontece no fim de um processo cíclico, em que todos os meses o aparelho reprodutor feminino se prepara para possivelmente receber um óvulo fertilizado. O útero prepara seu revestimento interno (endométrio) para suportar a fecundação, e quando isso não ocorre, o revestimento (sangue menstrual — que é riquíssimo em nutrientes e por isso algumas mulheres usam como fertilizante em plantas) é descartado.

O estrogênio e progesterona são os principais hormônios produzidos pelos ovários. Eles são responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas e pelo controle do ciclo menstrual. Antes da ovulação geralmente acontece um pico de estrogênio e, após a ovulação, a taxa de estrogênio cai e cede espaço para a progesterona.

· O ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação e acaba quando o próximo ciclo começa.

· A primeira metade do ciclo prepara o óvulo para ser liberado do ovário e constrói o tecido do útero.

· O cérebro, ovários e o útero trabalham juntos e se comunicam através dos hormônios para manter o ciclo acontecendo.

· Um ciclo dura em média 28 dias. Mas como todo o restante envolvendo esse processo, pode variar bastante durante a vida fértil. Se seu ciclo teve início aos 15 anos, nos 25 tudo pode ter mudado.

Cerca de 80% das mulheres tem algum tipo de sintoma relacionado a tensão pré-menstrual. Esses podem leves e variar entre dor de cabeça, inchaço, dor na mama, fome em excesso ou falta de apetite.

Há também a TPM que se caracteriza como doença, chamada de Transtorno disfórico pré-menstrual. Que tem sintomas mais graves como depressão, ansiedade, cólicas fortes, desmaios, dificuldade de concentração entre outros. Onde há momentos que necessitam de ajuda médica.

Entender esse processo é importante pois ele impacta TODO nosso corpo, além do modo em que lidamos com as consequências sociais causadas por ele.

E quais seriam essas consequências? Estigmas sociais.

Qual mulher e homem trans (oi amigos, tem conteúdo para vocês mais abaixo) nunca passou por uma situação vexatória ou temor por conta da menstruação? Aposto que estão se lembrando de várias agora. Afinal, essa é uma questão que nos acompanha naturalmente por pelo menos 45 anos de nossas vidas.

A ação de pegar um pacote de absorvente numa prateleira ou até mesmo de falar para um atendente qual item você está procurando no estabelecimento pode causar humilhações e agravos psicológicos perturbadores. Posso dizer o mesmo no ambiente familiar e escolar, quando não se tem conhecimento do que é a menstruação. O bullying, misoginia e transfobia podem arruinar a vida de alguém, causando de evasão escolar a problemas mais graves.

Tabus prejudiciais e nulos condenam o não entendimento da função menstrual como algo bisonho, vergonhoso, que deve ser escondido. Quando o que precisamos é fazer com que essa forma de misoginia seja suprimida e a educação sexual ganhe seu lugar, instruindo meninas e mulheres a se conhecer e não ter vergonha de seu corpo e o produto dele. Até por que a menstruação é um indicativo de saúde e outras situações importantes, como a gestação ou não. Isso não significa que você precise amar menstruar.

E quando falo de estigma, gostaria de dar uma atenção ainda maior a mulheres em situações de vulnerabilidades sociais (contexto de cárcere, população de rua, prostituição, deficientes físicas, lésbicas e homens trans), trabalhadoras e as que estão em posição de diversidade étnica cultural e racial.

Como na Índia, onde mulheres fazem a perigosa cirurgia de histerectomia (retirada do útero) para conseguir emprego. No estado de Maharashtra mulheres recorrem a cirurgia para trabalhar em campos de cana de açúcar. O caminho alternativo se da pelo fato de que o emprego no campo não pode ser interrompido por origem de cólica ou qualquer outra atitude que presuma a menstruação.

Nessa região, os industriais preferem não contratar mulheres pelo simples fato de recearem que a ausência destas vai lhes causar prejuízo. Sendo assim, as famílias que ali se instalam vivem em casebres sem banheiro e sem lugar próprio para descanso. Quando há o surgimento de alguma infecção, os médicos da região ao descobrirem o meio de sobrevivência da mulher, já lhe indicam a histerectomia mesmo que o tratamento possa ser feito com métodos não invasivos.

Em 2015 uma mulher estadunidense foi demitida por menstruar durante o trabalho. Alisha Coleman estava na pré-menopausa e trabalhava como atendente de telemarketing numa empresa há quase dez anos, mas bastou dois vazamentos inesperados e fortes para que ela fosse demitida.

“Nenhuma mulher gosta de passar pelos transtornos da menstruação quando não está preparada, mas nunca achei que pudesse ser demitida por isso”.

Histerectomia e a loucura

“Decidi remover os ovários na esperança de extirpar seus instintos pervertidos”, porque a paciente estava sofrendo ataques após um aborto e o médico descobriu que ela se masturbava quando jovem. — trecho retirado do livro As ‘Mentiras’ Científicas Sobre as Mulheres, escrito por Eulalia Pérez Sedeño e S. García Dauder, onde um médico notável conta seus muitos casos de práticas misóginas.

Uma mulher com uma camisa de força, diagnosticada com histeria, em uma foto publicada em 1889

Na Europa Ocidental a histeria era uma patologia clínica de origem feminina e crônica. A American Psychiatric Association parou de usar o termo histeria somente em 1952, e ainda sim as mulheres que tinham alguma disfunção psicológica ou sexual eram tratadas por meio da retirada total ou parcial de seus úteros e ainda internadas em hospitais psiquiátricos.

Felizmente com o avanço da psicologia e da colaboração desta com a medicina, tal diagnóstico deixou de ser cogitado e a histeria deixou de ser comumente categorizada como doença. E aqui se preenchem algumas lacunas na história da saúde da mulher no contexto mundial, onde testes eram feitos baseados no perfil sociobiologico destas (que só eram vistas na ótica da capacidade reprodutiva), deixando de lado outras nuances da saúde.

No EUA até 1988 a FDA ainda realizava testes de medicamentos somente em pessoas do sexo masculino, deixando de lado toda uma particularidade medicamentosa incluindo eficácia ou efeitos colaterais nas mulheres.

“A fabricação de doenças mentais tem sido um dispositivo muito eficaz de controle e regulação tanto da feminilidade quanto da sexualidade das mulheres” — Eulalia Pérez Sedeño e S. García Dauder, As ‘Mentiras’ Científicas Sobre as Mulheres

Sobre o direito de menstruar com dignidade

E em prol de minimizar a falha do Estado para com as mulheres, alguns coletivos feministas por todo o país fazem a distribuição de absorventes em banheiros públicos (ou se mobilizam para que o Estado cumpra esse papel), kits de higiene pessoal em prisões femininas e para população de rua.

Em “Presos que menstruam” a jornalista Nana Queiroz relata a vivência de mulheres em situação de cárcere pelas penitenciárias das cinco regiões do Brasil. “O livro já intriga pelo título, que nos remete a Simone de Beauvoir, quando diz que o sexo feminino é visto como o segundo sexo, a partir do outro, tendo sempre o masculino como referencial.” — Luísa Gadelha

Nas prisões femininas brasileiras as mulheres recebem a mesma quantidade de itens de higiene (como papel higiênico, sendo que gastam o dobro) do que homens, recorrendo ao improviso que beira a total falta de humanidade.

Mulheres em situação de cárcere utilizam miolo de pão como absorvente interno

Como é menstruar quando se é um homem trans?

Nesse ponto generalizo a questão e digo com tranquilidade que 99% das mulheres que nasceram com útero e/ou tem plena atividade menstrual tem uma unanimidade: menstruar é HORRÍVEL! Como já foi colocado mais acima, a menstruação é um dos últimos fatores do ciclo mas com ela vem uma série de perturbações que nos acompanham quase que por dez ou mais dias se não tivermos a ação de intermediar.

Falando mais sobre o título desse bloco, tive a oportunidade de conversar com dois homens trans em diferentes fazes de transição e trago aqui a perspectiva deles acerca do assunto.

“O início do processo de transição para um homem transexual é muito complicado, principalmente por causa da *disforia. Grande parte tem um “pico” de crise disfórica quando chega a menarca, a primeira menstruação. Eu arriscaria dizer que ela é o terror dos homens trans (risos).

Depois do início da transição, isso complica. Tanto pela ansiedade de quando a testosterona vai causar a amenorréia (em alguns, como eu, no primeiro mês, outros só depois do quarto mês), quanto pela dificuldade que é ser uma pessoa socialmente lida como homem que menstrua. A menstruação ainda é tabu para as próprias mulheres, imagina para homens transexuais que ainda não começaram o tratamento hormonal ou que estão no início dele.” — conta Henrique.

“Minha relação com a menstruação é neutra/”ódio”. Não vejo como algo lindo como querem mostrar, como se uma pessoa fosse feita apenas de vagina (talvez por sentir uma transfobia grande nesse tipo de fala). Eu vejo sim a importância do termo, mas evito até por ser um pouco disfórico para mim.

Em alguns momentos na qual ela demora mais, por outros problemas que tenho, chega a ser um alívio, embora tenha consequências, né? Enfim… Minha mãe nunca me privou desse assunto, até por ser técnica de enfermagem, acho que esse tabu diminui. Mas antes mesmo, ela sempre me ajudou muito. Então vejo uma relação até saudável a medida do possível, depende do momento que estou também.

Minha experiência com ginecologista também foi boa, exceto a primeira que era extremamente antiética e violenta, depois disso não tenho ido faz tempo, tanto pela disforia/transfobia, quanto por aqui não ter recurso do tipo, apenas para grávidas e situações de estupro.

Eri Tiziano. 19 anos, há 4 anos se entendeu como homem trans.

Já Henrique de 23 anos está num processo de hormonização mais proeminente (1 ano e 8 meses e há 9 se entende trans), mas não menos dolorosa em relação aos estigmas que se dão pela menstruação quando se é homem.

Sempre tive muitos problemas com absorventes que machucavam o clitóris em crescimento (um dos efeitos irreversíveis do tratamento hormonal com a testosterona é o crescimento do clitóris), ou que não seguravam na cueca, mas o pior deles era ter que trocar o absorvente em um banheiro masculino. Sempre tive muito medo de “descobrirem”, de ouvirem o barulho enquanto trocava, de olharem o lixo, de qualquer coisa poder ser motivo de um estupro corretivo por ter alguém com boceta dando mole no banheiro masculino.

“Esse assunto de menstruação é gatilho de disforia para muitos (para não dizer todos) homens transexuais. É ela que faz a gente lembrar daquilo que a gente quer esquecer. Com exceção dos que acabam tendo um desequilíbrio hormonal durante o tratamento, depois que começa a hormonização e chega a tão esperada amenorreia*, um homem transexual nunca mais vai “sofrer” com esse terror que é a menstruação.

E mesmo para os que têm um desequilíbrio hormonal, a histerectomia faz parte do processo transexualizador para transições FTM (female to male). Isso é, inclusive, um dos motivos que mais a gente enfatiza que homens transexuais não menstruam — a não ser que estejam em pré-transição (ainda são vistos na sociedade enquanto mulheres), ou que tenham algum desequilíbrio hormonal que exige um acompanhamento médico especializado”.

  • *ausência de menstruações no período em que elas deveriam acontecer.
  • *disforia é o sentimento de angustia em relação ao próprio corpo, geralmente por algum elemento biológico, como as mamas. Mulheres também podem ter disforia.

Diferente de Eri, Henrique teve uma trajetória diferente e infelizmente mais comum no meio LGBT

“Apoio eu nunca tive, fui expulso de casa aos 15. Fiquei na rua, depois fui morar numa casa de acolhida (a casa 1) e lá foi a primeira e única vez que tive contato com uma ginecologista.

Ela me contou que segundo o conhecimento popular entre ginecologistas “progressistas” a maior população que tem câncer de colo do útero é a de mulheres lésbicas e homens trans, porque não fazem papanicolau (eu mesmo nunca fiz e achava que isso era exame que só grávida fazia)”.

Escrevi um texto sobre saúde para lésbicas que pode ser um caminho de conhecimento facilitado para mulheres bissexuais e homens trans bem aqui.

“Foi uma única consulta e nunca mais fui em outra. É muito comum entre homens trans evitar o contato com esse tipo de especialidade, não só porque não se sabe muito sobre saúde do sexo feminino, mas também por causa do constrangimento que é ser um homem indo se consultar numa gineco — dois constrangimentos na verdade”.

“…Que pode ser o chamar um nome feminino e um homem se levantar, ou chamar um nome masculino numa sala de ginecologia. E para além disso, ainda tem a disforia. Já é comum homens trans não usarem a genital no sexo fora da prótese, quando usam são exceções, não é comum deixarem tocar nessas partes, imagine expor para um desconhecido.”

E aqui vai outra remessa de estigmas sociais

Enquanto conversava com os meninos, meus pensamentos foram minados por problemáticas dessa origem. De que apesar de termos o mesmo corpo (biologicamente falando) e no meu caso (mais vezes do que gostaria) ser lida como um homem nos espaços, ainda sim nunca me passou o pensamento de temor por me dirigir a uma atendente, ou sofrer lesbofobia porque menstruo. Ser “confundida” com homem ao usar banheiro feminino é comum tanto para mim quanto para eles, mas a violência sexual por esse motivo é difícil acontecer.

As marcas de absorventes e remédios para cólicas menstruais que oferecem produtos pensando também em homens trans muitas vezes cobram preços inacessíveis e nem sempre entregam produtos de boa qualidade, fazendo com que muitos homens trans não se sintam incluídos nas campanhas e também na humanização de acesso a produtos de higiene pessoal, recorrendo a alternativas desfavoráveis.

A questão da saúde íntima é outro ponto falho mas infelizmente ela não é exclusiva da população trans. A ida ao ginecologista e a tudo que envolve esse meio pode ser bem traumático e afastar ainda mais os (as - quando lésbicas) pacientes do Sistema de Saúde.

E aqui novamente enfatizo: profissionais de saúde precisam ser preparados para lidar com todo o tipo de pessoa, e se tratando de homens trans e lésbicas a relação profissional-paciente tem a necessidade de ser ainda mais específica, empática e ética para que se possa haver acolhimento e construção de políticas públicas específicas para tais grupos.

Se você chegou até aqui sem entender o título principal, te convido a pensar no papel social em que quem menstrua está condicionado.

A quem interessa que não falemos sobre nossos corpos, dúvidas e dificuldades rotineiras sobre ele? Não da para pensar em educação sexual nas escolas se não falarmos sobre quem menstrua, engravida, é violentada, tem os maiores índices de evasão escolar por tornar-se mãe e em consequência perder o emprego por ter filhos.

A misoginia em relação ao ato natural de menstruar precisa acabar.

A glamorização nos comerciais e suposição de privilégios em cima de uma situação tão desconfortável precisa acabar. A prepotência e violência de diversos tipos e grupos (tanto de esquerda quanto de direita) sobre quem se (re)afirma mulher e é detentora de direitos reprodutivos e sexuais precisa ter um fim.

Menstruação não deveria ser sinônimo de ódio, de silenciamento feminino. #ChegaDeEstigma

Referências

https://g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia/2020/09/04/menina-de-11-anos-que-engravidou-apos-estupro-no-es-tem-gestacao-interrompida.ghtml

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf

Guyton & Hall — Tratado de Fisiologia Médica

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-48887533

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/03/08/ciencia/1488931887_021083.html?ssm=TW_CC

https://camilavazvaz.jusbrasil.com.br/artigos/211843736/presos-que-menstruam-descubra-como-e-a-vida-das-mulheres-nas-penitenciarias-brasileiras

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf

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